quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

São Paulo e os casos de aliciamento

Pelé foi sem dúvida nenhuma o rei do futebol isto é inegável, mas como diria outro gênio do futebol Romario, Pele calado é um poeta.
Um grande desserviço prestado pelo Rei foi a criação da lei que leva seu nome, a Lei Pele.  A lei acabou com o passe dando ao atleta o direito de trabalhar onde bem entendesse a partir do final do seu contrato, pela lei também nenhum contrato poderia ter vinculo maior que quatro anos.
A lei que seria uma espécie de alforria aos atletas decretou praticamente o fim do futebol.  O interior que sempre foi celeiro de craques esta a minguá,  a lei tirou o jogador das mãos dos clubes e colocou na mão dos empresários.
Não ha motivo para uma equipe investir na base, tratar do atleta ainda garoto, investir na educação na saúde , se este mesmo menino quando chegar a idade adulta poderá ir embora sem que o clube receba pelo investimento. Os times menores estão nas mãos de empresários, suas camisas gloriosas viraram vitrines para exposição de atletas de categoria duvidosa, é o principio do fim do futebol.
Nesta esteira vem o São Paulo que costumeiramente aproveita-se de brechas para aliciar jogadores e contrata-los ao fim de seus contratos. Foi assim com  Mineiro, Danilo, Josue, Fabão, Ilsinho, Aloisio e o cado mais famoso com Dagoberto .
Só que os diretores mudaram de tática, e partiram para os mais jovens como mostra a matéria abaixo extraída de um famoso portal.
Representantes dos clubes vão levar para a Federação Paulista o posicionamento dos times ainda nesta segunda, e poderá haver uma decisão final. 
O encontro teve representantes do próprio Bota, Flamengo, Fluminense, Vasco, Palmeiras, Ponte Preta e Vitória. Alguns times não estavam presentes, mas dão apoio, como Corinthians e Santos.
O caso mais recente que causou revolta contra o São Paulo foi o caso do goleiro Lucão, da Ponte Preta, que estaria recebendo constantes convites para conhecer e treinar no CT de Cotia. Um dos líderes do movimento, René Simões elogiou a decisão da CBF de cortar o jogador da seleção brasileira.
- O Lucão foi cortado, e isso tem que ser parabenizado. A CBF tem que ser a protetora dos clubes. Isso já tinha sido definido na época do Ney Franco na CBF. Qualquer atleta em litígio não seria convocado. Não estamos contra a entidade São Paulo e sua tradição, e isso tem que ficar claro. O que falamos é sobre a administração do clube. Se é Madre Terese de Calcutá, Irmã Dulce, por que não leva todos os jogadores? Mas não, são apenas os de seleção brasileira. O que nos acusa estranheza também é o fato de a Seleção só treinar em Cotia agora, em país nenhum eu vi isso. Alguns equívocos estão sendo cometidos pela própria CBF.
René Simões, que atualmente está sem clube, disse também que as equipes estão incomodadas com o fato de o São Paulo não respeitar o código de ética que foi implementado no ano passado.
- Nossos representantes vão passar o que foi discutido aqui. É importante frisar que este movimento não é de agora, vem desde o ano passado. O Ney Franco reuniu 20 clubes das séries A e B e foi feito um código de ética. Na época, eu representava o São Paulo e assinamos. Ficou determinado que não seriam permitidos aliciamentos, agentes negociando atletas sem a conversa ente os dois clubes. Lamentavelmente o São Paulo é o único que não vem cumprindo. Não é ilegal o que eles fazem, mas é fora da ética e do acordo dos clubes - disse René, que comandou a base do Tricolor paulista por nove meses e deixou o cargo por causa de divergências.
Por conta destes problemas, o São Paulo já foi excluído de duas competições de juniores neste ano: a Taça Belo Horizonte, entre agosto e setembro, e a Copa 2 de Julho, em julho. O curioso é que neste segundo torneio, além do São Paulo, também foram impedidos de jogar os clubes que pediram a exclusão (Corinthians, Santos, Palmeiras, Cruzeiro e Audax-SP). Bahia e Vitória só foram poupados porque sediavam a disputa, em Salvador.

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